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O que deu errado com a Bajaj Dominar 250 no mercado brasileiro?

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Faz um ano que a Bajaj lançou no Brasil a Dominar 250, sua moto naked de 250cc. Mas, até agora, o modelo não decolou nas vendas — e fica a dúvida: o que deu errado com a Bajaj Dominar 250 no mercado brasileiro?

Não que a moto seja ruim, longe disso. Na prática, ela é uma versão mais enxuta da campeã de vendas da marca, a Dominar 400.

Usando praticamente a mesma base da touring de 400cc, ela chegou prometendo agitar o segmento de 250cc trazendo, como diferencial, muita tecnologia, com um preço acessível.

Mas os dados de emplacamentos mostram desempenho tímido em relação às principais concorrentes, como a Yamaha Fazer FZ25, a Honda CB 300F Twister, e a Shineray Flash 250.

bajaj dominar 250

A Dominar 250 atingiu seu melhor mês de venda no Brasil em abril de 2025, com 458 unidades, de acordo com dados de emplacamentos da Fenabrave.

Nos meses seguintes, as vendas caíram para 384 unidades em maio e 225 unidades em junho. A partir daí, houve uma leve recuperação: 231 unidades em julho e 286 em agosto.

Para efeito de comparação, em agosto a Honda CB 300F Twister emplacou 5.636 unidades, a Yamaha Fazer FZ25 emplacou 4.207 e a Shineray Flash 250, 486.

bajaj dominar 250

Confira os principais motivos que fizeram a Dominar 250 não engrenar no Brasil:

1 – Falta de identidade: A Dominar 250 parece apenas uma Dominar 400 com motor de 250cc. Isso tira dela um posicionamento claro no mercado.

2 – Preço atrativo… mas mal posicionado: No papel, a Dominar 250 custa menos: R$ 23 mil contra R$ 26,6 mil da Fazer FZ25 Connected e R$ 28,8 mil da CB 300F Twister ABS (preços nas lojas, ou seja, aquilo que realmente sai do seu bolso). Só que a Dominar 400 está a R$ 26,5 mil. Ou seja, quem olha pensa: “por que não pegar logo a 400?”. Isso joga contra a 250, mesmo ela sendo mais barata.

3 – Cores e grafismos sem apelo: A moto chegou com poucas opções de cores e visuais que não empolgam. Num segmento em que estilo também pesa, ela ficou apagada.

4 – Concorrência consolidada: Honda e Yamaha já têm uma clientela fiel, ampla rede de concessionárias e reputação sólida em confiabilidade e peças. A Bajaj, ainda novata no Brasil, não oferece a mesma segurança ao consumidor.

5 – Efeito “canibalização”: Quem cogita sair da zona de conforto e experimentar a Bajaj, provavelmente pula a 250 e vai direto para a 400, que entrega mais moto por pouca diferença de preço.

bajaj dominar 250

Principais destaques e ficha técnica:

Visualmente, a Dominar 250 é semelhante à Dominar 400, mas perde os itens touring presentes na ‘irmã’ maior, como para-brisa, protetores de mãos e suporte de bagageiro traseiro.

Apesar disso, mantém o mesmo nível de tecnologia, com suspensão dianteira invertida, freios ABS de dois canais, iluminação Full-LED e painel 100% digital.

O motor é um monocilíndrico DOHC de 248,7 cm³ com refrigeração líquida, capaz de gerar até 27 CV de potência máxima, e 2,39 kgfm de torque. O câmbio é de 6 velocidades com embreagem assistida e deslizante.

Por fim, a Bajaj Dominar 250 conta com rodas de liga leve de 17 polegadas, calçadas com pneus de medidas 100/80-17 na dianteira e 130/70-17 na traseira. O peso em ordem de marcha é de 180 kg e a capacidade do tanque de combustível é de 13 litros.

bajaj dominar 250

fotos: divulgação/Bajaj

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Marcelo Souza

Autor, Editor e Administrador do site MotoNews Brasil, formado em Ciências Contábeis, apaixonado por motos e tecnologia.

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